Livro: Razão e Sentimento
Editora: Nova Fronteira
Autora: Jane Austen
Vocês provavelmente conhecem esse livro como “Razão e Sensibilidade”, mas por algum acaso que desconheço, os tradutores dessa edição que tenho em mãos resolveram que “Sentimento” combinava mais com a obra. Não sei se concordo, mas faz sentido se você analisar bem as heroínas.
Bom, para quem não conhece, esse foi o primeiro livro publicado pela autora, muito embora tenha sido escrito depois de Orgulho e Preconceito, quis o destino que as irmãs Dashwood “debutassem” na sociedade primeiro. Ele conta a história dessas moças a partir do falecimento de seu pai, quando ao mesmo tempo perdem a posse de suas terras para o irmão mais velho (que já era rico).Assim, com quase nada para empacotar, a mãe e as três filhas partem de sua antiga casa (em parte para se verem livres da cunhada nojenta) para um chalé em Barton, onde travam relações novas e adquirem novos problemas.
Parando por aqui com o resumo da sessão da tarde, vou fazer um breve comentário sobre a autora e a história: quem já leu os romances da Jane sabe que ela sempre trata da condição feminina na sociedade inglesa do século XVIII, principalmente a questão da herança, no entanto, um romance se diferencia do outro pelos temas, quase sempre personificados pelas heroínas. Então não é de se admirar que Marianne e Elinor travem uma batalha épica (ok exagero meu) entre razão e emoção.
Na minha perspectiva, as meninas tem personalidades complementares e deveriam ensinar uma à outra alguma lição, mas infelizmente o que percebo é que apenas Marianne evolui, enquanto que Elinor segue sofrendo por sempre ter que dizer amenidades e seguir as regras da sociedade. Suspeito de que Austen acreditasse que o temperamento da mais velha fosse superior.
No entanto, justiça seja feita a Elinor: ela é muito esperta e consegue barrar bem as “invasões” das pessoas em sua vida, bem como consegue analisar as intenções de todos e assim diminui o próprio sofrimento. Já sua irmã diz o que pensa o tempo todo, sem se importar se vai ofender e deixa todo mundo saber o que sente sendo imprudente e preconceituosa, às vezes.
Achei a leitura muito bacana porque por mais que fosse a história de como as senhoritas Dashwood se casaram (aos trancos e barrancos, coitadas muitas situações atrapalham o final feliz), o foco sempre foi seus temperamentos e como as duas processam os fatos que lhes ocorrem.
Bom, isso é tudo, pessoal! Espero que tenham gostado ^_^
Beijos da Aleska.